Simon Henwood, director criativo de Rated R, fala sobre o processo criativo do álbum


O CD anterior de Rihanna, “Rated R”, ficará com certeza marcado pela sua grande campanha visual. Rihanna está prestes a lançar seu primeiro livro, que mostra em imagens todo o processo criativo do álbum.

O site MuuMuse teve a oportunidade de entrevistar Simon Henwood, o diretor criativo que esteve com Rihanna durante todo o processo de criação. Lê:


Oi, Simon. Obrigado por reservar um tempo em sua agenda para responder essas perguntas a mim. Tenho sido um grande fã da campanha do “Rated R” desde o começo, e o fato de eu estar finalmente falando com a pessoa que é a maior responsável pela campanha visual me deixa bastante animado. Só para começar: Quando você falou com Rihanna pela primeira vez?

Eu a conheci quando ela abria os shows da turnê do Kanye West, “Glow In The Dark Tour”, que eu dirigi. Acho que um ano depois eu a encontrei em Londres, quando ela estava gravando o “Rated R”, e começamos a conversar e ter ideias.

Você a encontrava frequentemente para discutir as ideias?

Sim, nós passamos muito tempo desenvolvendo ideias. Nós fomos para a Semana de Moda de Paris, conhecemos designers e nos reunimos para desenhar juntos peças para o ensaio fotográfico promocional do CD.

O quanto Rihanna se envolveu na campanha visual para o CD? Ela parecia ter realmente adotado a nova imagem.

Ela é ótima de se trabalhar porque ela tem um instinto claro e instante para as coisas. Eu mostrava e ela algumas coisas e ela sabia o que ela queria. Ela tem uma boa visão.

Sobre o que exatamente esse novo livro é? Ele apresenta visuais da campanha ou é mais conteúdo dos bastidores?

A ideia do livro foi mostrar a jornada da campanha, não chegando a ser um diário, mas um livro de fotos com tudo que acontece quando você está construindo um projeto como esse. São coisas que as pessoas não viram. Eu acho que passei meses com ela em carros, desfiles, set de gravações, quartos de hotéis. Uma jornada que começa com o logo promocional e o conceito do álbum até a turnê. O livro termina com fotos que eu tirei dos primeiros shows.

Eu adoraria saber da onde veio sua inspiração para a ideia da campanha. Você se baseou nas suas conversas com Rihanna, deixou as músicas do CD te influenciarem ou procurou ideias na arte, como em filmes?

A ideia veio de um livro e de um filme. Nós queríamos criar a ela um mundo dela, separado de tudo a volta. Foi um CD muito pessoal, bem diferente dos anteriores. Foi tudo um sonho obscurso, uma chance dela expressar tudo sem ser específico e literalmente.

Quais visuais vocês se inspiraram para criar a estética obscura da campanha?

Minhas referências são sempre obscuras (risos). Eu sempre olho para o trabalho de alguém e tento achar uma verdade escondida. Eu pensei no que ela passou recentemente antes do CD. Eu fiz algumas coisas bem obscuras com os visuais da turnê, o que para uma artista do status dela é raro.

Todos notaram referências a Grace Jones ao ver algumas perfomances de Rihanna. Vocês se inspiraram em algum artista?

Bem, Grace Jones é fantástica. Um tipo de artista completamente diferente, mas algo a se espelhar pelo seu senso de moda. Rihanna tem um estilo bem natural, ela se preocupa mais em ser ela mesma do que em criar um personagem, eu acho.

Eu realmente acredito que Rihanna seja uma das artistas mais bem vestidas do momento. Em que você se inspirou para escolher roupas para os vídeos e para a turnê?

O crédito é todo dela. Eu a apresentei a vários designers, mas é ela quem toma conta de suas roupas. Eu fiquei sabendo recentemente que ela é a segunda pessoa que mais faz compras na Barney’s de Nova York. Ela é consumista e tem bom gosto.

Havia designers que se mostraram particularmente adequados em trabalhar com as roupas que combinassem com a estética do “Rated R”?

Sim, Alexandre Vauthier. Ele trabalhou no vestido de abertura da turnê junto comigo. Ele é um designer fantástico e uma pessoa maravilhosa. Ele só trabalha com pessoas que combinem com ele. Um designer quer que a pessoa que esteja usando sua roupa dê vida a ela, não que simplesmente a use. Por isso ele não veste Lady GaGa.

Rihanna participa muito do processo de criação dos vídeos e do palco?

Sim, claro. Nós discutimos o conceito. Se você tiver um plano, torna-se bem simples. Você tem que apenas adequar as coisas de acordo com o desenrolar.

Agora que a turnê acabou, nós podemos falar de alguns componentes do show sem se preocupar em vazar informações. Quais são seus segmentos favoritos do show?

Eu adoro a abertura com o vestido com luzes. E “Disturbia”. E todas as coisas obscuras (risos). Há muitas pessoas envolvidas em projetos como esse, e o maior desafio é manter todos animados e focados em fazer o melhor.

Há algo que você teria mudado na execução das ideias ou tudo transpareceu no palco como foi planejado?

Claro, muitas coisas, mas você tem que considerar tudo. Eu posso ter uma ótima ideia em mente, mas ela pode não funcionar em um show. O palco cabe em um caminhão? Quanto tempo vai levar para montá-lo em cada noite? Você pode planejar, mas é um show de turnê, então tem que ser funcional.

O show da turnê será lançado em DVD ou algo assim?

Não sei.

O visual de Rihanna parece ter evoluído conforme a turnê foi acontecendo, agora indo para a era “Loud”. Você esteve envolvido nessa transição de estilo?

A nova campanha é bem mais simples. É um CD com menos conceito, mais básico, eu acho.

Créditos: Rihanna No Brasil

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